Ai de repente surge uma musica que diz tudo o que eu gostaria de fazer mas sou muito fraca para isso. Tinha que ser ela,tinha que ser a dona bonita para servir mais uma vez de antena e captar meus pensamentos. Sempre ela, seja na minha adolescência ou agora nessa fase 'quase vinte'. Seja com melodias pesadas ou com a sutileza do 'Agridoce'.
A dona da vez do meu coração é "130 anos". Fico querendo escrever a musica em todos os lugares. Daqui a pouco estarei com lápis de cor colorindo as paredes da casa com esses versos. Mas como ainda não estou disposta a levar uns chingos de quem divide esse lar comigo vou escrever aqui no meu espaço mesmo.
Aqui onde ninguem pode brigar comigo e posso escrever o que eu quiser.
Onde eu posso chorar e reclamar sem me importar se vão me achar deprimida ou deprimente.
Voltando a falar da dona bonita, tenho pensando muio em alguns trechos dela. Como anacrônico tem feito sentido. 'mas pare e perceba como seu dia-a-dia mudou. Mudaram os horários hábitos, lugares e inclusive as pessoas ao redor. São outros rostos outras vozes, interagindo e modificando voce.E ai surgem novos valores vindos de outras vontades" Mudou mesmo. Surgiram sim!
E vou escrever logo aqui a musica antes que eu caia na tentação de rabiscar paredes.
130 anos. Agridoce
Caro é transformar-se num arremedo de si próprio
A ponto de nem se reconhecer mais
Hoje eu tenho 130 anos, isso não estava nos meus planos
Você sabe, a desordem é tenaz
Tantos laços, tantas amarras
Os controles, pretensões
Nada adianta se o vento não soprar
Esse vento sob minhas asas,
Eu não mando mais em nada.
Sei que é alto, mas eu vou pular
O que todos vão dizer
E aonde vão chegar
Nem os olhos podem ver
Decidido eu não volto pra casa
Ao lar, é corpo e todas as palavras
Que a vontade conseguir pensar
Segue vento sob minhas asas
Eu não mando mais em nada
Sei que é alto mas eu vou pular
http://www.youtube.com/watch?v=3uQb25Q8Xk8
